A artista visual brasileira Liene Bosquê marcou presença no contexto cultural de Nova York este mês. No MoMA PS1, ela participa da exposição coletiva Greater New York, com a obra Recollection, em exposição de 11 de outubro até 7 de março de 2016. Também na cidade, Bosquê estreia sua primeira exposição individual, a Dismissed traces, que estará na William Holman Gallery de 14 de outubro até 14 de novembro deste ano.
City Souvenirs Walk from Liene Bosquê on Vimeo.
Paralelamente às duas exposições, a artista ainda apresenta a performance itinerante e instalação Collecting impressions, na 6ª edição do tradicional Peekskill Project, também em Nova York, até 31 de dezembro de 2015.
A artista, que já teve trabalhos expostos no Brasil, Portugal, Turquia e Estados Unidos traz a relação entre a cidade e a memória – coletiva ou individual – para pauta. Com esculturas, instalações e performances, a artista explora memórias que são evocadas por imagens históricas, arquitetura e ambientes urbanos.
Greater New York
A obra apresentada por Liene na exposição Greater New York, no MoMa, é chamada Recollection. Nela, Bosquê mostra seu fascínio pelo significado pessoal que os seres humanos atribuem à lugares físicos e objetos durante suas vidas diárias. Liene atribui em sua obra, particular importância aos souvenirs que em suas muitas variações, são hoje em dia comumente considerados como curiosidades portáteis, indissociavelmente ligadas às memórias pessoais e do sentimento de nostalgia associada a uma viagem específica.
Dismissed traces
Com esculturas de obras e instalações que exploram o conceito de memória, usando uma variedade de materiais - gesso, cimento, porcelana, látex entre outros- Bosquê trabalha tanto com peças de grande porte como em um mundo em miniatura de lembranças coletadas globalmente como turista e depois reproduzida em imaginários, paisagens urbanas tridimensionais e ilusões.
Collecting impressions
A performance Collecting impressions é um projeto de arte engajada socialmente que consiste em apresentações públicas itinerantes e participativas, além de uma exposição de argila com impressões arquitetônicas que buscam incentivar a reflexão sobre a complexa relação entre histórias culturais compartilhadas, o impacto de paisagens urbanas remodeladas na comunidade e os visitantes.
O projeto propõe uma conexão entre o público e o local, uma vez que convida a uma caminhada em busca de detalhes arquitetônicos que, visual e culturalmente, marcam o significado histórico de uma cidade. Durante a performance Bosquê incentiva o público a escolha detalhes arquitetônicos e com blocos de argila placas de gesso molhadas tirem molde e assim se aproximem dos detalhes da cidade, com as próprias mãos. A exposição, por sua vez cresce à medida que esses moldes se tornam peças do processo.